27 de nov. de 2010

A velha estante


Das boas lembranças da infância uma delas é lembrar aquela velha estante.
No canto da sala grande da casa no sítio dos tios,  abarrotada de livros, sempre exerceu poderosa atração sobre ela.
Quase todos os dias após andar quilômetros ao vir da escola do pequenino vilarejo, fazia suas obrigações caseiras e para lá corria a fim de passar suas tardes na mesa de madeira ao lado da preciosa estante.
E como os personagens se fundiam nas peraltices dela...
Ainda hoje, vive intrigada se as recordações das brincadeiras com os primos ao pé das arvores do sítio, nadar ou pescar nas águas do misterioso córrego entre o pasto e a mata, comer (ou chupar?) jabuticaba e manga no pé, fazer com as primas lindas bonecas de sabugo de milho, deitar ouvindo o barulho das águas, correr atrás dos porcos na grande cocheira ao fundo do pomar, cair do pé de goiaba na busca das melhores frutas, correr descalça no pasto com medo das vacas e furar o pé no galho seco, cair no mata – burros, tomar chuva fria, esparramar o café colhido a secar no terreirão, foram reais ou fazem parte das histórias lindas existentes nos livros da velha estante, no canto daquela sala da sua infância.


Das boas lembranças da infância uma delas é lembrar aquele velha estante, no canto da sala da casa do sítio dos tios...



* Sou Marisa Mattos,professora,atuando há 9 anos como Coordenadora Pedagógica na Rede Municipal de Ensino de Araçatuba.Blogueira,pescadora que só conta a verdade...rs...feminina,tia corujíssima e apaixonada pela EDUCAÇÃO.

11 comentários:

Amadeu Paes disse...

Pena que os livros estão virando artigos do passado, hj em dia as pessoas querem as informações on-line.

Rita Lavoyer disse...

Percebe-se que a estante, agora, está mais viva que outrora. Os livros que nela estavam contidos, estão literalmente com as páginas abertas dentro da alma de quem 'viveu-se' personagem da própria história que escreve.
Hoje, você é a estante.
Assim como o sangue corre em nossas veias, as metáforas também.
Parabéns.

Rita Lavoyer disse...

"Se você diz vem às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz."

(Antoine de Saint-Exupery).

Eu sou a raposa, seja o meu garotinho com os cabelos da cor do trigo.- Rita lavoyer

Paty Michele disse...

Saudade desse tempo onde coisas simples nos faziam felizes. Hoje a vida nos impõe um ritmo cansativo e estressante, que de nem de longe lembra esses tempos.
Um abç

http://patymichele.blogspot.com

Shuzy disse...

Você trouxe-me uma triste nostalgia... Triste, mas boa... Saudade de muitas coisas dos meus 'velhos tempos'...

Marinha disse...

Amiga, fiquei um tempo sem passar por aqui e... estou encantada com tudo que vi!!! Parabéns!

Na verdade, hj vim agradecer tua amizade. Estou de aniversário e o maior de todos os presentes é a amizade conquistada, virtual ou não.
Um beijo da amiga um ano mais feliz.

Simône Silva disse...

olá você anda pescando mto nem deu ,ais noticias, desculpa p sumiço é que ando passando por uns maus bocados....
Pecadora andou a pescar lembranças da boa e velha infância?

Adorei seu texto....

Anônimo disse...

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços...
São os teus braços dentro dos meus braços,
Via Láctea fechando o Infinito.

Florbela Espanca

Dias de amor & Paz...Beijos meus! M@ria

Maysha disse...

Obrigada pelo comentário.
Gostei da visita, volte, é benvinda.
Beijo
Maysha

Anônimo disse...

Realmente é triste ver que, hoje são raras as crianças que gostam de ler.
Como o Amadeu disse, hoje em dia as pessoas querem as informações on-line...
Se soubessem o quanto é mágica a sensação do folhear um livro, da expectativa de sabe o final, daquele cheirinho que só os livros têm...
Desculpe a minha ausência, minha amiga, mas final de semestre é uma turbulência.
Fique bem.
Bom fim de semana.
=*

Marinha disse...

Queridaaaaa, voltei para dizer que tem desejo de ano novo lá no blog, querida.
Uma semana linda pra ti.
Bjooo